8/11/2009

Se é chama que me chamam
Aceito o ofício de acender
Iluminar enquanto a noite reina
E morrer no vento frio matinal

E se sou chama de vela
Pequena e comportada
Inspiro ao santo e ao libertino
Em ambas as formas de orar

Mas quando só o pavio não basta
Sou chama que destrói as casas
Levanta vôo e libera as almas

E me transformo em floresta
No crepitar das folhas mortas
E no meu leito nas margens do rio

Nenhum comentário: