Se é chama que me chamam
Aceito o ofício de acender
Iluminar enquanto a noite reina
E morrer no vento frio matinal
E se sou chama de vela
Pequena e comportada
Inspiro ao santo e ao libertino
Em ambas as formas de orar
Mas quando só o pavio não basta
Sou chama que destrói as casas
Levanta vôo e libera as almas
E me transformo em floresta
No crepitar das folhas mortas
E no meu leito nas margens do rio
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