3/17/2013

5 horas da manhã. ele acorda e o suor escorre em gotas grossas pelo seu corpo. respira ofegante, mais um pesadelo. levanta-se tendo vontade de se jogar ao chão e vai para cozinha fazer um café (já havia decidido não dormir mais).
a cafeteira enche o ar de sons e cheiros e ele vai se sentindo ligeiramente melhor. senta-se ao computador e abre seus emails. a profunda vontade de se desligar do universo em que não se sente mais conectado perdura mesmo a essa hora da madrugada. se sente só nele mesmo. ninguém teria a capacidade de lhe fazer companhia em todo o vazio que se escondia dentro de sua personalidade.
os spams consumiam seu tempo e eram as únicas coisas que preenchiam sua caixa de emails. entra no facebook e não vê movimentação alguma.
o sol vai acabando de nascer e ele se deita depois do rápido banho. fecha os olhos mas não dorme. pensa e no pensamento descobre algo que lhe faz entender o porque de toda a sua angústia: depois de nascer, ele nunca pôde ser ele mesmo.