11/10/2015



a tristeza, o vazio, a incapacidade da felicidade de forma plena, o foco nos problemas (dando a eles um peso maior do que o real), o pessimismo, a paranóia, a sensação da fragilidade do corpo, o medo da morte prematura, o desânimo, a vontade de se esconder, a vontade de ir pra longe, a auto piedade, o ato de esperar a piedade dos outros, a sensação de ser incapaz, a certeza de ser um merda, a culpa por estar fazendo tudo errado, a falta de perspectiva de melhora real. a certeza de que irei morrer um dia e, que até lá, continuarei a ser isso. alguém pela metade ou menos da metade.

11/04/2015

É curioso perceber que de uma forma ou de outra, muitos ao meu redor estão sofrendo os problemas da depressão e da ansiedade.

Temos tanta informação que nossos corpos e mentes não estão habituados a tal.

A comparação da sua vida com as vidas dos amigos que postam no instagram parecem gritar alto que a sua vida não é tão legal. Deve-se produzir mais, crescer mais, trabalhar mais. Um dia alcançaremos a honra de podermos descansar com a mente livre de preocupações com produção.

No momento eu não estou tomando nenhum remédio para a ansiedade. Meus amigos estão. Eles conseguem melhorar assim, mas o complicado é que os sintomas retornam ao fim dos tratamentos.

Eu tenho procurado uma mínima paz mental tentando meditar. Agora, me preparo para retornar à Yoga. A disciplina que precisamos para que esses métodos funcionem é gigantesca.

Mas no fim, ainda sinto a angústia de trabalhar com algo que não quero mais pra mim. Gastando meus dias tentando estudar para avançar na carreira... o que, no dia em que funcionar, me proporcionarão a liberdade de um setor de trabalho que aparente não me quer e nem se importa com a minha presença.

Nossos valores estão virados de cabeça pra baixo. Somos uma geração intermediária e por isso, nos sentimos sem "casa", sem "abrigo". Vivemos o mundo da velocidade enquanto nossas raízes estão fincadas no analógico.

Tá tudo errado.