A. entra na casa. Olha para o teto que é na verdade um forro de PVC sujo e embolorado. Ele acha que será mais uma noite em sua vida. Olha para os lados e descobre que todos já tem o que fazer. Não há ninguém além dele. Ele se deita no sofá e dorme. Os pés aparecem pra quem olha do lado de fora da porta.
Eles entram, enchugam com balas incandescentes todas as memórias de cada uma das pessoas daquela casa velha.
A. é agora zero.
E nós?
Conseguimos entender de quem é a culpa? Conseguimos entender quem sofre mais?
Precisamos saber que a infância tem fim e que na verdade, os brinquedos podem significar mais do que a diversão.
Meus pêsames a todos.