2/19/2009

A. entra na casa. Olha para o teto que é na verdade um forro de PVC sujo e embolorado. Ele acha que será mais uma noite em sua vida. Olha para os lados e descobre que todos já tem o que fazer. Não há ninguém além dele. Ele se deita no sofá e dorme. Os pés aparecem pra quem olha do lado de fora da porta.

Eles entram, enchugam com balas incandescentes todas as memórias de cada uma das pessoas daquela casa velha.

A. é agora zero.

E nós?

Conseguimos entender de quem é a culpa? Conseguimos entender quem sofre mais?

Precisamos saber que a infância tem fim e que na verdade, os brinquedos podem significar mais do que a diversão.

Meus pêsames a todos.

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