10/19/2006

MADEIRA

A metamorfose de minha cara não existe
Apenas o desgaste e a terrível solidão
A veracidade da minha garganta se partiu
Na antiga conclusão fodida de ser alguém
Mas meus esforços se ergueram em vão quando apenas o que eu queria era me reerguer da praia e encontrar o sol
Mas meus dias se pareceram cada vez mais vazios quando a incrível apatia se tornou parte do meu século
Eu vejo minha face na superfície espelhada
E continuo sem entender
A eterna busca continua a existir
A eterna derrota diante da vitória de continuar vivo
A eterna vida monótona diante do salto mortal para a aventura
O corte é apenas o significado mais fictício para a minha vida
Então, foda-se o fictício e foda-se a minha vida
Fodam-se todos assim como eu me fodi
Contruir uma parede parece ser mais fácil do que é quando na verdade os muros te fastam do resto da humanidade
Não quero tentar ser - eu sou
Não quero tentar saber - eu sei
Não quero tentar existir - eu existo e por fim, não quero ser mais um desses que se intitulam filhos de deus
Porque a verdade é absoluta assim como a razão encherga no escuro.

abacabb

Nenhum comentário: