A onda se dobrou sobre mim
Ela era mais forte que meu corpo
Que desapareceu, que desapareceu
No azul infinito o último instante
E na areia da praia vou me deitar
Só um corpo/ casca, sem alma
Os olhos cegos olharão o céu
Os dedos dormentes tocarão os lábios
As portas estarão fechadas
Eu contemplarei seus adornos barrocos
E nada haverá de ser feito por mim
Um comentário:
Ótimo texto. E qto a escrever sobre si mesmo, acho que de um jeito ou de outro, todo mundo o faz.
Postar um comentário