então foda-se.
eu nasci aqui, agora
nada tive com isso
além de ser eu
mas eu sou
o pior do aqui e do agora
deformo tudo o que vejo
dentro do meu olho minero o feio
no meu nariz, cato o fétido
garimpo a dissonância
engulo somente o vômito
foda-se então
foda-se a mim
eu que não sou daqui
eu que não deveria existir
eu que não acrescento senão o póstumo
eu que não alegro
.
.
.
a cada gole de algo forte há um pouco do brilho de uma luz bonita;
a cada pílula, o esquecimento das minhas regras;
a cada droga há menos da droga eu.
.
.
.
certamente ele tem que morrer
certamente, 37 anos já é demais
certamente, cultivar esse verme em meu cérebro que dissolve cada momento bom com seu ácido digestivo é algo que precisa de um ponto final.
morra verme
.
morra e apodreca longe daqui.
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