2/15/2015

Bebi o tempo numa água doce
A foice, vestida de seda
Dormi o sono, senti a perda
De tudo o que um dia eu fui

A noite veio, me fez perguntas
E seu escuro manchado me prendeu
E na sombra da verdade de ser eu
Deitei na cama onde o sono não é meu

As paredes giram, estou sozinho
Nem mesmo o espelho me mostra a mim
No quarto aceso de luz sem fim

Olho entre os dedos e lá eu vejo
O fungo velho que carrega meu nome
Minha alma, minha sorte: meu horizonte