11/06/2011


Muitas pessoas me perguntam se eu sou ateu. Muitas ainda me perguntam se sou satanista.
Bem, neste post vou falar brevemente o que eu sou.

No ocidente, a grandiosa parcela das pessoas que escolhe uma religião (ou nasce numa), acaba dentro de uma Cristã. Eu mesmo fui batizado e criado dentro da Igreja Católica. Durante um bom tempo eu permaneci em total ateísmo até que eu percebi que eu acreditava em algo, porém, de uma maneira muito diferente das pessoas que estão ao meu redor.

Comecei a buscar alguma religião ou segmento religioso que estivesse ao menos de acordo com minha forma de pensar. Estudei muito sobre religiões orientais e me identifiquei muito com a filosofia Hinduísta. Li sobre Budismo e achei maravilhoso, porém, não para mim. Mas muitas coisas ainda não se encaixavam.

Sim, fiz o trabalho contrário do de muitas pessoas, não entrei numa religião e a segui, formulei minhas crenças e iniciei minha busca por algo que se encaixasse nelas.

Encontrei a Wicca. Li muito material sobre essa religão. Entendi certo e entendi errado muita coisa, pois, por questões de cultura pop, esta acabou se tornando uma espécie de moda.

Procurei a Bruxaria Tradicional e encontrei pela primeira vez o conforto que eu esperava.

Eu acredito que todos que olham para a divindade esperando encontrar algo, olham para a mesma direção. Todas as religiões, ocidentais ou orientais, monoteístas ou politeístas, novas ou antigas, buscam a mesma força divina. Alguns, desenham essa força com um rosto mais detalhado, outras, subdividem-na em diversas faces com significados e simbolismos diversos, outras a dividem em masculino e feminino. Mas ao fim, todos rumam para a Divindade, para Deus, Javé, Krishna, a Deusa Mãe e o Deus Cornífero.
Na minha humilde perspectiva eu olho apenas para a Divindade e não a entendo e nem tento entender. Percebo que a Divindade é muito maior do que eu poderia ser em toda a minha existência e apenas a contemplo e tento ser, de alguma forma, parte dela.

Toda vez que eu acabo dizendo que sigo a Bruxaria Tradicional as pessoas acabam me satirizando. Eu aprendi que é importante aceitar o caminho que cada um escolhe com respeito.
Sou extremamente crítico, e critico sim muitas religiões, mas meus argumentos estão na atividade do homem, que vem transformando a religião numa empresa cada vez maior, se afastando do tema principal.

Assim, continuo minha busca. Procuro ser uma pessoa correta e ética independentemente de em que patamar minha religiosidade e fé estão.